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25/08/2012 - Placar - Campeonato Brasileiro 2012 |
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Santos vira, vence e Palmeiras voltará à zona de rebaixamento |
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Com seu novo uniforme verde escuro e detalhes dourados o Palmeiras voltou a mandar uma partida no Pacaembu, mas não aproveitou o bom número de torcedores no clássico com o Santos. Com gol de Corrêa, o Verdão chegou a abrir o placar, mas o atacante Neymar foi decisivo ao marcar duas vezes e decretar a vitória do Santos, na última rodada do primeiro turno do Brasileirão, por 2 a 1.
Mais ligado, o time de Luiz Felipe Scolari tinha mais posse de bola na primeira etapa, porém não criava grandes oportunidades contra a meta de Rafael. Restou ao volante Corrêa, que fez seu segundo jogo desde que voltou ao clube alviverde, bater de fora da área e abrir o placar em São Paulo. A vantagem, porém, durou pouco, pois Neymar cobrou bem falta na entrada da área, para empatar, aos 43 minutos.
Sem grande participação de Ganso, que esteve apagado nesta noite, o Peixe contou novamente com seu camisa 11 para virar a partida. No segundo tempo, em um chute do atleta da Seleção Brasileira de fora da área, a bola saiu fraca, mas bem no canto direito de Bruno. Ela ainda tocou na trave, antes de entrar na meta alviverde. Com o placar em seu favor, o Peixe adotou os contra-ataques para segurar o nervoso Palmeiras e constatar o bom momento do time de Muricy Ramalho.
Já são cinco jogos sem derrota no Brasileirão, são três triunfos seguidos, sobre Figueirense, Corinthians e agora o Palmeiras. Com 26 pontos, o Peixe assume provisoriamente a nona colocação, em situação bem mais confortável que o Verdão.
Agora com três derrotas em sequência Santos e Atlético-GO, pelo Brasileiro, e Botafogo, pela Sul-americana -, o Palmeiras voltará à zona de rebaixamento. Isto porque, uma posição acima da área dos quatro piores, o time de Luiz Felipe Scolari será ultrapassado ou por Atlético-GO, ou por Bahia, que se enfrentam no domingo e estão na degola.
O jogo.
Com Betinho em campo, o Palmeiras voltou a utilizar três jogadores avançados, com Mazinho pela esquerda, Barcos centralizado e o camisa 25, que entrou bem no jogo contra o Botafogo, pela Sul-americana, pelo lado direito. Nos primeiros minutos, porém, a medida não surtiu efeito e, com mais posse de bola no campo de ataque, o Verdão não conseguiu criar, também por conta das faltas no meio-campo do Pacaembu.
Diante de um apagado Paulo Henrique Ganso, o Santos sofria para se manter no ataque e Patito Rodríguez, embora se esforçasse no lado direito de ataque, não conseguia vencer Juninho, que incomodava os defensores alvinegros junto de Mazinho. Neymar, perigoso em jogadas de contra-ataque, ainda não havia vencido a defesa alviverde.
Mais ligado, o Verdão era melhor que o rival praiano, mas sem efetividade. Barcos, bem como pivô, não chegava em condições de finalizar ao gol de Rafael. Por não contar com um lateral direito de ofício João Vitor foi improvisado no setor , o time de Luiz Felipe Scolari focava suas estocadas pelo lado esquerdo, por onde Valdivia também caia.
Aos 20 minutos, Betinho fez tabela com o camisa 9 do Verdão e arriscou de longa distância. O tiro saiu por cima do gol santista, mas arrancou aplausos da torcida mandante. Pouco depois, foi a vez de Barcos assustar: o argentino dominou dentro da área, limpou a marcação e, com pouco ângulo, tentou servir Mazinho. A zaga do Santos foi mais esperta no lance e conseguiu afastar.
Dependente de Neymar em lances de velocidade, o Peixe assustou aos 26 minutos, quando Durval aproveitou rebote de falta levantada na área, porém a chance saiu por cima do gol palmeirense. Pouco depois, o camisa 11 realizou jogada individual e, da meia-lua, chutou com perigo para fora.
Embora melhor, o Verdão não traduzia a superioridade em finalizações. Restou, assim, ao volante Corrêa mudar este panorama. Aos 41 minutos, o camisa 77, que faz seu segundo jogo desde que voltou ao clube, arriscou da entrada da área. Rafael ainda se esticou, mas a bola morreu no canto esquerdo do camisa 1 do Peixe, para abrir o placar no Pacaembu.
A vantagem alviverde, porém, durou pouco. Próximo à meia-lua, Neymar mostrou sua qualidade também em jogadas de bola parada. O camisa 11 cobrou falta com extrema categoria, no canto direito. Bruno pulou na bola, mas nada pôde fazer e os dois times foram para o intervalo com o placar empatado, por 1 a 1.
Na volta para o segundo tempo, o Santos tentava manter-se no campo de ataque, mas, assim como o Palmeiras, não criou chances. O Verdão ainda reclamou de um pênalti após Corrêa cair dentro da área. Para a irritação de Scolari e seu banco de reservas, o árbitro mandou seguir o jogo.
O camisa 77, mais do que colaborar na marcação e na formulação dos ataques palmeirenses, tornou-se o responsável pelas jogadas de bola parada, com a ausência de Marcos Assunção, que passou por cirurgia no joelho. O volante cruzou dentro da área e a bola passou na frente de toda a defesa santista, saindo pelo outro lado.
Pelo Santos, Ganso mantinha-se inoperante e, com isso, o time de Muricy Ramalho mostrava dificuldades para municiar André, Patito e Neymar. Bruno Peres se insinuou pelo lado direito, balançou para cima da marcação, mas, ao chegar na linha de fundo, tentou o chute e a bola saiu apenas em tiro de meta.
As jogadas nas costas de João Vitor passaram a ser uma boa arma para o Santos, que utilizou deste artifício para virar o jogo, aos 18 minutos. Após trama pela esquerda, Neymar recebeu fora da área e bateu rasteiro. O chute não foi forte, mas bem no canto direito de Bruno. A bola triscou na trave e entrou mansamente na meta alviverde.
O lance animou o time alvinegro, que voltou a tentar jogadas por sua esquerda de ataque. Neymar tentou lance por aquele lado, mas João Vitor conseguiu colocar para lateral. Aos 20 minutos, de fora da área, o volante Arouca bateu e a bola saiu com perigo, à esquerda do goleiro Bruno.
Apagado na segunda etapa, Valdivia criou boa oportunidade para o Palmeiras. Pela direita, o camisa 10 encontrou bem Barcos dentro da área. O centroavante, com pouco ângulo, tentou bater com efeito e mandou a bola apenas pela lateral. Para tentar o empate, Felipão preferiu tirar Mazinho para dar vaga a Obina, deixando o Palmeiras com três centroavantes.
O camisa 21 conseguiu incomodar mais a defesa do Santos e chegou a pedir um pênalti aos 27 minutos o árbitro, porém, marcou falta de Obina. Assim como em outras partidas do Brasileiro, o Palmeiras tentou ir para cima e, sem força no meio-campo, dependia das jogadas de Barcos para incomodar.
Aos 31 minutos, o argentino realizou jogada de efeito pelo lado direito, fez fila na zaga do Santos, mas teve o chute travado. Na pressão, mas sem grande organização, o Palmeiras ainda teve grande chance com Barcos. O centroavante desviou de cabeça, mas Rafael fez bela defesa para garantir a vitória santista.
Confira a ficha técnica da partida.
PALMEIRAS 1 X 2 SANTOS
Local: Estádio Municipal do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 25 de agosto de 2012, sábado
Horário: 18h30 (Horário de Brasília)
Árbitro: Guilherme Ceretta de Lima (SP)
Assistentes: Márcio Luiz Augusto e Danilo Ricardo Simon Manis (ambos de SP)
Assistentes adicionais: Antonio Batista do Prado e Marcelo Pietro Alfieri (ambos de SP)
PALMEIRAS:
Bruno; João Vitor (João Denoni), Maurício Ramos, Leandro Amaro e Juninho; Henrique, Corrêa, Mazinho (Obina) e Valdivia; Betinho (Vinícius) e Barcos
Técnico: Luiz Felipe Scolari
SANTOS:
Rafael; Bruno Peres, Bruno Rodrigo, Durval e Juan; Adriano (Gérson Magrão), Arouca, Patito Rodríguez (Felipe Anderson) e Paulo Henrique Ganso; Neymar e André (Bill)
Técnico: Muricy Ramalho
Cartões amarelos: João Vitor, Valdivia e Maurício Ramos (Palmeiras); Adriano (Santos)
Gols: Corrêa, aos 41 minutos do primeiro tempo, Neymar, aos 43 minutos do primeiro tempo e aos 17 minutos do segundo tempo |
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